Felicidade: o bem que todos desejam
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Experiência
filosófica
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Estranhamento ou deslocamento
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Questionamento ou indagação
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Felicidade e sabedoria:
esses termos possuem uma relação histórica de mais de 25 séculos, basta lembrar
a origem do termo filosofia = amor à sabedoria. E sabedoria, para os gregos da
antiguidade, era um saber prático para se alcançar a felicidade. Desse modo, a
filosofia se apresentava como um conhecimento superior que conduzia à boa vida,
e o filósofo era aquele que praticava e ensinava um caminho para a felicidade.
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Finalidade última da filosofia: filosofar
para pensar melhor sobre tudo: os fatos, as pessoas, a vida.
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Finalidade última de todos os atos: a
felicidade, para a filosofia antiga, era a finalidade de todas as ações
humanas, mesmo as que pareceriam ruins à primeira vista. Isso porque a
motivação de todas ações humanas, no fundo, seriam positivas, já que por meio
delas se busca o bem-estar.
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O significado do termo felicidade é
fertilidade, frutuosidade, fecundidade.
É um estado de fecundidade que gera vida e vitaliza a existência humana.
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Como
viver para ser feliz?
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Se o
que nos move é, em última instância, o desejo de ser feliz, mas nem todo ato
traz felicidade, como alcançar nosso objetivo?
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Considerando
a fragilidade e a vulnerabilidade humanas, como devemos agir para levar uma
vida feliz ou, ao menos, não infeliz?
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Quais
são as fontes da felicidade?
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O papel do filósofo se caracterizava pela
busca de respostas para essas e outras questões, e tais respostas deveriam ser
coerentes entre si, formando um sistema.
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Fontes
da felicidade:
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Bens
materiais e riqueza
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‘status’
social, poder e glória
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Prazeres
da mesa e da cama
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Saúde
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Amor
e a amizade
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Outros prazeres e virtudes: para Platão, são
o conhecimento e a bondade. O gozo dos prazeres descritos acima, para
Aristóteles, estaria vinculado ao exercício de outras virtudes, como a
generosidade, a coragem, a cortesia e a justiça, contribuindo para a felicidade
completa do ser humano.
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Prazer
moderado (Epicuro): diferentemente de Platão e Aristóteles, pregava
o caminho do prazer, que resulta da satisfação dos desejos. Tudo passa pelas
sensações.
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Eliminação ou moderação dos desejos: para
Epicuro, isso se aplica em relação a alguns desejos, de acordo com sua
classificação:
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Naturais e necessários (comer, beber,
dormir...)
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Naturais e desnecessários (comer alimentos
refinados, beber bebidas especiais, dormir em lençois caros...)
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Não naturais e desnecessários (riqueza, fama,
poder...)
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Contentar-se
com pouco seria o segredo do prazer e da felicidade.
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Como
anda nossa felicidade?
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O conceito de felicidade se modifica no
decorrer da história, sendo necessário contextualizá-lo. Três ideais foram
ganhando importância no decorrer da história: amor ao próximo (surgimento do cristianismo – séc. I); liberdade
(Iluminismo – séc. XVII); bem comum (desde a Antiguidade)
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Felicidade
nas ciências: psicologia, medicina, sociologia e economia
esclarecem a discussão sobre o tema, desfazendo alguns mitos. Como o ser humano
é multidimensional, é preciso abordá-lo a partir de ciências que possam abordar
essas dimensões diversas.
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Plano
físico: a felicidade pode ser medida pela neurofisiologia,
através da medição das ondas cerebrais
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Plano
psicológico: saber administra os próprios pensamentos e
sentimentos é fator crucial para a felicidade do indivíduo.
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Plano
econômico: reduzir a miséria pode aumentar a felicidade das pessoas
de modo geral.
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Plano
social: o convívio com familiares, amigos, parceiros e
comunidade é importante para conferir significado à existência, tendo impacto
na felicidade do indivíduo.
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Conclusão: a
busca desenfreada pela felicidade individual na atualidade é sinal de um
equívoco generalizado, em dissonância com a busca milenar da filosofia pelo bem
comum.
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